Capitã Marvel: o que você precisa saber sobre Carol Danvers antes de assistir ao filme

Capitã Marvel: o que você precisa saber sobre Carol Danvers antes de assistir ao filme

Capitã Marvel está chegando! E se você quer estar preparada para a nova super-heroína do universo cinematográfico Marvel, este momento é seu! A produção está enlouquecendo os fãs com tantas teorias e roubando o sono dos mais ansiosos, que contam os dias para as emoções fortíssimas que chegarão às telonas em 7 de março. Apresentando a protagonista que vai preparar o terreno para o desfecho da atual saga dos Vingadores, e também o início de mais uma fase, Capitã Marvel é o 21º filme da Casa das Ideias, o primeiro solo de uma super-heroína Marvel e a história de origem de Carol Danvers, uma das melhores personagens dos quadrinhos.

Capitã Marvel
Imagem: Reprodução

Ms. Marvel

A esta altura do campeonato talvez você já saiba que Carol Danvers não é a primeira pessoa a assumir o posto de Captain Marvel, mas sabia que ela faz parte da editora desde 1968? A personagem apareceu pela primeira vez em Marvel Super-Heroes #13, como chefe de segurança de uma base militar dos EUA. Encarnando a donzela em perigo com uma certa frequência, ainda mais para alguém tão empoderada quanto ela parecia ser, Danvers era interesse romântico e personagem de apoio para Dr. Walter Lawson/Mar-Vell, o então Capitão Marvel.

Em Captain Marvel #18, depois de ser exposta a uma explosão de psicomagnetron, uma tecnologia alienígena da raça Kree, ela teve o seu DNA modificado e ganhou superpoderes, como superforça e a habilidade de voar. Assumindo então a identidade de Ms. Marvel, ganhou uma revista própria em 1977, que infelizmente amargou um fim precoce, apenas 2 anos depois de sua estreia. No entanto, Carol Danvers ainda fez aparições em “Os Defensores”, “Homem de Ferro” e “Capitão América”, além de “Os Vingadores”, onde assumiu a liderança da equipe, e “X-Men“, ocasião em que perdeu seus poderes em uma luta contra a Vampira, na época uma vilã do universo mutante.

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Versões

Depois de recuperar seus poderes com a ajuda do Professor Xavier, e então se aventurar com os X-Men pelo universo, Carol Danvers decide se exilar no espaço. Em suas novas aventuras a super-heroína tornou-se a Binária, após absorver o poder inesgotável de uma estrela que amplificou suas habilidades, já extraordinárias. Com o codinome Warbird, em uma fase não tão gloriosa, Danvers sofre com o fato de não ser tão poderosa quanto a sua última versão, e precisa encarar a luta contra o alcoolismo. Ela também mostrou-se uma personagem que se adapta bem a diversas funções e equipes, e prova disso é que já trabalhou para a S.H.I.E.L.D. e novamente para o governo norte-americano, sendo responsável por monitorar os Thunderbolts.

Antes disso, quando vestiu o manto de Ms. Marvel ela já não trabalhava na Força Aérea, mas sim para J.J. Jameson, o dono do Clarim Diário. Inspirada em Gloria Steinem, jornalista e responsável pela revista feminina Ms., que inclusive deu origem ao título de sua publicação e ao seu codinome, Carol Danvers foi editora da revista Woman Magazine e ávida defensora de ideais feministas, questionando com frequência a linha editorial machista e também o chefe inconveniente. No entanto, apesar das pautas relevantes para o movimento, como o crescimento das mulheres no mercado de trabalho e a liberdade sexual feminina, este fato diz mais sobre a Marvel colocar o feminismo em sua agenda do que sobre uma preocupação legítima em dar espaço às mulheres, visto que as algumas histórias protagonizadas por Danvers são recheadas de polêmicas e absurdos, que envolvem até um estupro que não faz o menor sentido, em uma viagem temporal/dimensional de um arco mais sem sentido ainda.

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Enfim, Capitã Marvel!

Apesar de levar algumas décadas para a Marvel acertar a mão, finalmente Carol Danvers alcançou um protagonismo consistente. Ela assume o nome Capitã Marvel em “Dinastia M“, lançada em 2005, depois de se ver como a heroína mais amada do planeta em uma realidade criada pela Feiticeira Escarlate. Quando finalmente entende que tem todo o potencial para ser uma das super-heroínas mais poderosas do universo, ela parte em busca de sua glória. A revista com o novo título só acontece em 2012, com uma história de origem assinada pela maravilhosa Kelly Sue DeConnick, e a passagem para a nova fase é reafirmada quando ela passa o bastão para Kamala Khan, a adolescente paquistanesa e muçulmana que assume o codinome Ms. Marvel, enquanto Danvers torna-se a Capitã Marvel em definitivo.

Nesta nova narrativa, os poderes de Carol Danvers são originários de seu próprio DNA. Sua mãe, Marie Danvers/Mari-Ell, é uma guerreira Kree de alto escalão e Danvers, por sua vez, é uma híbrida humana e Kree. Sendo um símbolo feminista desde sua estreia solo, e agora liderando o primeiro filme de uma super-heroína Marvel, não fazia sentido transformá-la em uma protagonista que recebe poderes de alguém, como aconteceu nos quadrinhos… Além disso, optar por uma origem que só dependa dela, ajuda a construir uma narrativa consistente e que não exija a introdução de Mar-Vell no MCU de uma forma mais detalhada e profunda.

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Inspiração

Em entrevista o produtor Jonathan Schwartz disse que as histórias de Kelly Sue DeConnick representam a personagem de um jeito que toda a equipe queria traduzir para as telas de cinemas, justamente porque a roteirista conseguiu entender a essência da personagem, além de trazer uma Carol Danvers inspiradora como nunca se viu. O produtor destaca que o filme é uma adaptação e não uma cópia de algum arco escrito por Kelly Sue, mas que suas histórias são as melhores bases para a construção da personagem, inclusive para a Brie Larson, que interpretará a personagem.

Como foi possível ver nos trailers, a história da Capitã Marvel tem muitas ligações com instituições militares norte-americanas, e toda a profundidade que Kelly Sue colocou na personagem deve-se a sua própria história, pois seu pai era da Força Aérea e ela praticamente cresceu em bases militares. Outro fato que torna esta Carol Danvers politizada de uma forma muito mais verdadeira, é que a roteirista é feminista declarada e ativa! A heroína já era um ícone na época de sua estreia, com a discussão feminista conquistando espaço nos quadrinhos, mas a nova versão conseguiu unir a militância, ainda necessária, com um carisma sem igual.

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O que esperar do filme

Sendo híbrida de humanos e Kree, é certo que a raça alienígena aparecerá e muito! No universo Marvel, desde 1967, com a edição Quarteto Fantástico #65, os Kree também já apareceram no MCU em “Agents of S.H.I.E.L.D.”, “Guardiões da Galáxia” e até em “Os Vingadores”. Talvez o que você desconheça é que outra raça alienígena também terá destaque agora: os Skrulls, metamorfos agressivos e com obsessão em ampliar seus domínios pelo universo. Sua primeira aparição aconteceu em Quarteto Fantástico #2, de 1962, mas nesta década de MCU apenas foram citados em alguns momentos. Tudo indica que a guerra entre eles chegará à Terra na década de 90, e de alguma forma o conflito despertará os poderes de Carol Danvers, que então terá a missão de enfrentar os Skrulls ao lado dos Kree.

Aparentemente, Jude Law interpretará Mar-Vell, que será líder da Starforce e também o mentor de Carol Danvers, e convenhamos que além de prestar uma homenagem ao personagem, foi uma boa saída em termos de narrativa. Monica Rambeau, que também já usou o codinome Capitã Marvel, ainda será criança no filme, mas sua mãe, Maria Rambeau, será parceira de Danvers e desempenhará papel de destaque ao interpretar uma piloto negra na Força Aérea norte-americana, além de mãe solo, muito forte e empoderada.

Outro personagem que também está enlouquecendo os fãs é o gatinho alienígena Chewie, que nos quadrinhos tem esse nome graças ao Chewbacca, pois Carol Danvers é fã de “Star Wars“, mas no filme se chamará Goose em homenagem a “Top Gun”. O que é ótimo, porque renderá boas sacadas, considerando essa vibe em torno da Força Aérea dos EUA. E parece que nós também seremos presenteadas com a história de origem de Nick Fury e com a volta de Phil Coulson, o agente mais querido da S.H.I.E.L.D. Mais uma vez, é uma sábia decisão que ajuda a criar um elo forte entre o que já conhecemos até o momento e esta nova história.

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Bônus: girl power! 

Se você não é tão fã assim de super-heróis, ou ainda não tem certeza se vale a pena conferir o primeiro filme solo de uma heroína Marvel, aqui vão mais quatro motivos, no mínimo feministas, para te convencer:

1) “Capitã Marvel” é o primeiro filme de super herói com uma compositora responsável pela trilha sonora, a talentosa Pinar Toprak!

2) A direção conta com a dupla Anna Boden e Ryan Fleck (“Se enlouquecer, não case”) e o roteiro original é criação de Geneva Robertson-Dworet (“Tomb Raider: A origem“), Nicole Perlman (“Guardiões da Galáxia“) e Meg LeFauve (“Divertida Mente”). Sim, só gente incrível e talentosa na produção!

3) A roteirista Kelly Sue DeConnick, além de prestar consultoria durante toda a produção, já garantiu que fará uma participação no filme!

4) E por fim, a nossa amada Brie Larson! Em entrevista a atriz declarou que este papel é muito importante para sua vida profissional e como ativista, principalmente no movimento feminista, e que quer levar ao público um pouco da emoção que sentiu ao assistir a “Mulher-Maravilha” nos cinemas, quando finalmente se sentiu representada por uma heroína.

Agora é torcer para que 7 de março chegue logo, para finalmente podermos ver a Capitã Marvel em sua melhor forma: higher, further, faster!

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No momento gamer casual. Em tempo integral Comunicadora, Relações Públicas e Pesquisadora. Freela como Produtora de Conteúdo, Redatora e Social Media. Pisciana e sonhadora, meio louca dos signos, meio louca dos gatos. Fã de tecnologia, games, e-sports, quadrinhos e outras nerdices legais!
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