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Ame Quem Você Ama
CINEMA

Ame Quem Você Ama: investigando o sentido do romantismo

por Carol Lucena · 15 de julho de 2019

O filme da diretora sul-africana Jenna Bass, que está em cartaz no Cine Sesc de São Paulo, na Mostra de Cinemas Africanos, lança um olhar sobre a vida de Terri e Sandile, um casal perfeito que vive na Cidade do Cabo, querido por todos ao redor, mas que mesmo assim não consegue tirar satisfação de seu relacionamento.

A trama de “Ame Quem Você Ama”

Terri (Chi Mhende) trabalha como atendente de uma linha de sexo por telefone, e Sandile (Andile Nebulane) se mostra totalmente tranquilo em relação à ocupação de sua namorada, estando inclusive presente em vários momentos em que ela atende as ligações. Isso contribui para a caracterização de “par perfeito” que ele representa, e sua frustração vem do fato de que mesmo assim Terri parece nunca conseguir demonstrar real afeto por ele.

Ela deseja mais da vida, quer viajar, viver aventuras, e procura isso num programa de trabalho no exterior, para ensinar inglês a estrangeiros. Para Sandile, isso representa uma ameaça ao relacionamento dos dois, mesmo que ele tente demonstrar calma e compreensão.

Ame Quem Você Ama

Sandile (Andile Nebulane) e Terri (Chi Mhende) em “Ame Quem Você Ama”. Imagem: reprodução

Enquanto isso, o filme acompanha outro personagem: um homem chamado Eugene (Louw Venter) que há anos não consegue esquecer sua ex-namorada. Ele continua visitando o irmão adolescente dela, e fantasia com a volta da moça, deixando o lado que ela dormia em sua cama desforrado, como se ela ainda estivesse lá. Ele cruza caminho com Terri quando usa seus serviços telefônicos como válvula de escape.

Os problemas do romantismo

“Ame Quem Você Ama”, que usou bastante de improviso e possui uma estética bastante experimental (com uma câmera na mão deveras instável), investiga o impacto do ideal romântico na vida desses dois homens, Sandile e Eugene, e das mulheres que querem se libertar e viver uma vida de acordo com suas próprias vontades e necessidades. Mesmo que Terri não consiga encontrar motivos concretos para se separar de Sandile, já que ele se mostra um cara “quase perfeito”, ela sabe que sua intuição deve ser ouvida.

Ame Quem Você Ama

Terri (Chi Mhende) com uma máscara em “Ame Quem Você Ama”. Imagem: reprodução

Leia também:
>> [QUADRINHOS] Valente: Reflexões sobre ideais românticos e masculinidade tóxica
>> [LIVROS] A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões: uma fábula feminista sobre libertação, poder e sororidade
>> [CINEMA] A Hora da Estrela: Quando a mulher é moldada pela masculinidade tóxica

Já sobre o outro casal, nunca sabemos realmente qual foi realmente o motivo do término, mas a carência e obsessão que Eugene demonstra pela ex é desconsertante. A diretora escolhe nunca sequer mostrar o rosto da moça, enfatizando que o foco do filme não é sobre ela, mas sim sobre o impacto que um ideal levado ao extremo pode ter sobre uma pessoa. Não é coincidência que os impactados aqui sejam os homens, visto que no ideal romântico cabe a eles o papel de cortejador e conquistador, enquanto as mulheres são representadas no filme como o ideal mais moderno da mulher que quer algo mais da vida para si. 

Apesar do visível baixo orçamento e de uma certa falta de senso narrativo, “Ame Quem Você Ama” é um filme muito bem atuado, com personagens carismáticos, e que joga um olhar muito interessante sobre o romantismo que ainda ronda partes da sociedade. É um filme sobre pessoas comuns, e diverge bastante sobre as narrativas que costumamos assistir no ocidente sobre a Africa do Sul. Este é um filme que vale a pena ser visto.

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Carol Lucena

Cineasta, musicista e apaixonada por astronomia. Formada em Audiovisual, faz de tudo um pouco no cinema, mas sua paixão é direção de atores. Vocalista da banda Noite e compositora nas horas vagas. Também escreve sobre cinema em seu site Cine Medusa, e é co-fundadora do Verberenas.

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